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Redação Super 28 de setembro de 2010

Por Maria Gomes
COLABORAÇÃO PARA A GGMASTER

Lógica é uma característica que passa bem distante da política. Mesmo com dezenas de pesquisas e com cenários aparentemente definidos, muitas eleições terminam com resultados bem diferentes do previsto no começo da campanha. Conheça 5 azarões que viraram o jogo e foram eleitos nos últimos momentos da corrida eleitoral.

1- Jânio Quadros (1985)

Um ex e um futuro presidente se enfrentaram em 1985 pela Prefeitura de São Paulo. Favorito segundo as pesquisas, Fernando Henrique Cardoso estampou capas de jornais no dia da eleição sentado na cadeira de prefeito. Com as urnas abertas, a surpresa: Jânio Quadros venceu com 39,3% dos votos, contra 35,3% de FHC.

2- Collor e Lula (1989)

Entre os 22 candidatos que disputaram a primeira eleição direta após a ditadura havia lideranças partidárias, como Ulysses Guimarães e Leonel Brizola, que estava no topo das pesquisas no começo da campanha. Entretanto, o ex-governador de Alagoas Fernando Collor de Mello disparou ao vestir a camisa do “caçador de marajás”. Em junho, ele já tinha 43% contra 11% de Brizola. Finalizado o primeiro turno, eis que surge outra surpresa. Lula, que em junho tinha 8% das intenções de voto, fica em segundo com menos de 1 ponto percentual a mais que Brizola. E não ficou por aí. O petista chegou a parear com Collor nas pesquisas do segundo turno, mas acabou derrotado.

3- Jaques Wagner (2006)

Todas as pesquisas sobre a disputa pelo governo da Bahia em 2006 apontavam a vitória do candidato Paulo Souto, do PFL, partido de Antônio Carlos Magalhães e há 16 anos no poder. Um movimento para levar a disputa ao menos para o segundo turno fez com que muitos eleitores, mesmo sem apoiar de fato o candidato, votassem no então segundo colocado, Jaques Wagner (PT), que tinha meros 13%.
Para a surpresa até mesmo dos petistas, Wagner deu uma rasteira em Souto e ganhou a eleição de virada ainda no primeiro turno, com 52,89% dos votos.

4- Gilberto Kassab (2008)

No começo da campanha pela Prefeitura de São Paulo em 2008, o que tudo levava a crer é que a disputa seria apertada entre o tucano Geraldo Alckmin e a petista Marta Suplicy. Os dois começaram na casa dos 30% das intenções de voto e polarizavam as discussões.
Vice-prefeito, praticamente um desconhecido até assumir a prefeitura com a saída de José Serra, Gilberto Kassab (DEM) tinha apenas 11% no Ibope em julho. Em três meses de campanha, porém, ele desbancou Alckmin com apoio até dos próprios tucanos, ficou em segundo no primeiro turno e venceu a eleição superando a petista, favorita em todas as pesquisas.

5- Eduardo Paes (PMDB) e Fernando Gabeira (2008)

Em terceiro e quarto lugar no início da campanha pela Prefeitura do Rio em 2008, Paes e Gabeira ficavam bem atrás da candidata do PCdoB, Jandira Feghali, e do favorito na disputa, Marcelo Crivella (PRB). Eles tinham apenas 9% e 7% das intenções de voto, respectivamente. A rejeição a Crivella cresceu ao longo da campanha, o que ajudou o peemedebista a dar um salto nas pesquisas. Mas a surpresa maior ficou com Gabeira, que chegou a ter 4% no Ibope e ficou em segundo lugar no primeiro tuno. No segundo, a disputa entre os azarões foi no voto a voto e acabou vencida por Paes, com 50,83%, contra 49,17% de Gabeira.

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