Quem já passou pela adolescência sabe que é uma fase nada fácil da vida, cheia de conflitos internos, dúvidas, formação da identidade e personalidade, descobertas, namoros, brincadeiras, tabus e idéias muitas vezes opostas e não aceitas pelos pais e irmãos. É uma fase de transição entre a infância e a fase adulta, e época em que muitas meninas acabam acidentalmente engravidando.
A gravidez é o período entre a fertilização e o nascimento, onde o embrião se desenvolve e cresce, acarretando diversas alterações de caráter hormonal, físico e psicológico. Encarar mudanças tão significativas em uma fase de vida de transição pode não ser uma tarefa fácil, vindo a trazer danos irreparáveis na vida de algumas adolescentes que podem não ter condições de desenvolvimento físico, nem psicológico adequados para um momento tão delicado.
Devido à pressão por parte de familiares e até mesmo dos pais das crianças, que muitas vezes não têm nenhum vínculo sério com a futura mãe, muitas meninas acabam tendo que abandonar os estudos e sua vida social e dedicar-se exclusivamente aos filhos. Isso quando não acabam optando por abortos, que além de serem considerados crime, podem ser muito perigosos se feitos por pessoas negligentes.
A gravidez na adolescência pode estar relacionada a diversos fatores, de estruturas familiares comprometidas à formação psicológica inadequada, baixa auto-estima e até mesmo irresponsabilidade. Por isso, o apoio dos familiares é de extrema importância, devendo proporcionar compreensão, diálogo, segurança, afeto e auxílio aos adolescentes, e quando for o caso às crianças. Desta forma, abortos e dificuldades posteriores são bastante reduzidos.